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 Pr. Rogério de Paula


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Preâmbulo

           Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser designados como "batista" se caracterizavam pela sua fidelidade as Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recem-nascidas não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições eles estavam bem fundamentados nos evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que professavam. Mas sua exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, dai derivando a designação "batista" que muitos supõem ser uma forma simplificada de "anabatista", aquele que batiza de novo.

            A designação surgiu no século XVI, mas aqueles discípulos de Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escroturas, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana.

               Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:

1º - A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática.

2º - O conceito de Igreja como sendo uma comunidade local democrática e autonôma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizads.

3º - A separação entre Igreja e Estado.

4º - A absoluta liberdade de consciência.

5º - A responsabilidade individual diante de Deus.

6º - A autenticidade e apostolicidade das igrejas.

                Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Espírito Santo, os batistas, baseados nesse princípio da cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os evangélicos dos tempos modernos; de evangelização, de educação teológica, religiosa e secular;  de ação social, e de beneficência. Para a execução destes fins, organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no entanto, autoridades sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos.

                Para os batistas as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstância exigem que sejam feitas Declarações Doutrinárias que esclareçam os espíritos, esclareçam dúvidas e reafirmem posições. Cremos está vivendo um momento assim no Brasil, quando uma declaração deste tipo deve ser formulada, com a axigência insubstitutível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra de Deus. É o que fez agora a Convenção Batista Brasileira, nos 19 artigos que se seguem:

 

I - Escrituras Sagradas.

II - Deus.